Featured

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Fim!



Então meus amores, infelizmente nos últimos meses as coisas vieram tomando um rumo diferente. Tentei por vezes manter isso aqui de pé, mais por vocês do que verdadeiramente por mim, porém chega uma hora que não dá mais.
Eu comecei esse blog por amor a escrita e a essas duas pessoas que foram muito especiais para mim por um bom tempo, comecei sem pretensão alguma, nada além de juntar o que mais amava.
De repente, vi que vocês haviam retribuído toda dedicação e tempo que depositei nessa fanfic, vi que estavam gostando do que escrevia. Foi magnífico.
Só que o mundo nem sempre é simples assim, só mar de rosas. Esse ano foi um processo bem dificil para mim, passei por coisas que nunca imaginei  passar, caí, levante, caí novamente e levantei. Esse ano e essa nova fase me cobraram uma mudança, me cobraram uma resposta sensata e a maneira que vi para tal foi acabar com tudo aquilo que não está ligado diretamente à mim e ao meu futuro.

Bom, não queria terminar isso antes que o necessário para concluir a história, mas como disse, a vida é uma ciência incompreensível. Eu queria continuar por vocês, só por vocês, porque por mim, já  teria um fim isso a alguns meses atras, mas SINCERAMENTE, não deu.

Quero que saibam e que entendam que eu lutei muito para não abandonar aqui, mas chegou uma hora em que eu não aguentei. A escrita ela tem que te dar amor, te dar brilho nos olhos, te dar uma luz. Não posso continuar escrevendo - e nem consigo- algo que:
1° Não acredito mais
2° Não faz parte de mim mais.
3° Não vejo mais o motivo para continuar.

Chega de lamentações e coisas do tipo... Agora um recadinho especial para vocês que me acompanharam a quase dois anos.

   Obrigada de coração por tudo o que passamos aqui, por tudo o que aprendi, por tudo o que me falaram e incentivaram. Obrigada por serem tão fundamentais nisso e também na minha formação como ser humano. Desculpa por ter que fazer isso.

   Desejo que vocês realizem todos os seus sonhos, todos os seus objetivos e que nunca desistam de nada que anseiam. Por favor, confiem sempre em si mesmos, mantendo o pé no chão sempre. Obrigada por tudo  mesmo e desejo que vocês possam se tornar as melhores pessoas, os melhores profissionais, de bom coração  e principalmente humanos.

   Sempre que acordar lembrem-se que o mundo precisa de vocês para mudar, vocês são os agentes que vão fazer a diferença, cada um com o seu jeito. A partir de hoje leve a vida com uma pureza, não se atenham a fatos futuros ou fatos passados, pensem no presente, APENAS NO PRESENTE.

Espero que essas dois anos tenham sido tão importantes para vocês quanto foi para mim. Agradeço com todo o carinho e quem sabe um dia a gente se encontre, ou nos eventos dos ídolos ou pelos corredores de um hospital , que tenho fé que seja o próximo sonho a realizar.

Obrigada,Obrigada,Obrigadaaa.

Mil beijos, fiquem com Deus. Até algum dia...

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 180




[Rio de Janeiro, 7 de agosto de 2014, 19:25]
POV Micael
      Se eu contar que estou a ponto de enlouquecer, vocês acreditam?
      Pensei que ela iria vir falar comigo, sei lá, iria mandar pelo menos um oi, mas nada, ela continua sem dar nenhum sinal. Além de ser angustiante, é também preocupante.
      Já deu para mim, já deu de ficar sem saber dessa criatura. Ô Mulher para me tirar o foco. Essa semana fiz alguns shows, tive muitos ensaios, muitos acontecimentos. Acredito que foi só por isso que ainda não pirei.
      Eu REALMENTE cansei. Agora ela vai me ouvir. Corri para o meu quarto, tirei um casaco de dentro do guarda-roupas, peguei minha carteira e a chave do carro.
      Demoro menos de vinte minutos para chegar na entrada do condomínio dela. Quero nem saber se está dormindo ou não. Ela vai me ouvir hoje. VAI!
      — Oi Micael, tudo bem? — Luís fala de dentro da cabine.
      — Tudo tranquilo. E contigo?
      — Tudo bem, também. Quer que interfone pra Sophia ou vai subir sem ela saber novamente? — Gargalho com a expressão que ele faz.
      — Precisa não. Valeu.
Estaciono o carro numa área que estava vaga. Ligo o alarme e corro para o elevador. Isso vai acabar hoje.
      Chego num raio no andar dela. Sigo mais rápido ainda até a porta e aperto a campainha.
      — OI? MI... — Agarro-a pela cintura antes de terminar.
      — CHEGA SOPHIA. VOCÊ CONSEGUIU. — Seguro seu pescoço e fixo os olhos nos dela. — Eu estou MALUCO!
      — Me solta. — Aperto mais ainda seu corpo no meu. — Não é assim. Se é para conversar, então vamos conversar direito.
      — Deixa só eu te dar um beijo antes. Um só. — Empurro-a até a parede.
      Sophia sorri.
      Trago sua cabeça em direção a minha, encaixando nossos lábios.
      — Para e senta ali. — Afasta-se e aponta para o sofá. Sentamos lá, frente a frente.
      — Você sabe muito bem que tudo o que eu faço é porque eu morro de ciúmes de você, morro de ciúmes, cara, não suporto a ideia de você estar em algum lugar longe de mim.
      — E além de ciumento é orgulhoso. Sabe quanto tempo faz que você não fala comigo? Sabe?
      — Ai Sophia, eu sempre fui assim. Vim aqui hoje porque já estou fora de mim, estou refém de você.
      — As coisas não são assim. Eu entendo e conheço seu jeito e sua mania de ser estourado, mas não é desse jeito. Você fala coisas que machucam, fala coisas assim sem nem fazer ideia do que está falando.
      — Eu sei disso também.
      — E aí eu tenho que suportar essas suas crises? Por favor, não dá. Eu até acho legal você ter ciúme, mas um ciúme sadio, aquele ciúme que significa que você se importa com a pessoa.
      — Amor, desculpa vai? Desculpa? — Mexo nos cabelos.
      — Ok Micael, Ok. E depois? Quando ter outra crise ridícula? Eu que vou ter que ouvir você duvidando do que sinto?
      — Sophia, quando a gente está nervoso é assim mesmo. Falamos o que não queremos. É humano.
      — Eu sei disso, e é justamente aí que precisamos mudar. Não dá para ficar discutindo por tudo. Poxa, é bem melhor beijar do que brigar. — Ela ri.
      — Concordo— Acaricio seu rosto.
      — E além do mais, nós dois somos orgulhosos, então é muito melhor acabar a briga em beijo do que ficar quase duas semanas sem falar um com o outro.
      — Eu odeio brigar contigo. Eu odeio.
      — Eu também, amor. Ainda mais agora que vamos ser pais. Temos que nos controlar, entende?
      — Sim, conversar antes de sair brigando e xingando tudo.
      — Exatamente. Um tentar entender o ponto de vista do outro. Um se colocar no lugar do outro. E se ainda não houver consenso aí partir para o plano B: dos beijos.
      — Vem aqui. — Puxo-a para sentar em meu colo. — Como está essa gracinha aqui? — Beijo sua barriga.

      — Dando trabalho já, mas não muda o foco não.
      — Desculpa. — Envergonhado, sorrio olhando para o chão.
      — Eu queria muito ter ido contigo lá. Queria de verdade, juro.
      — Eu sei, eu tenho certeza que você queria, porém não foi.
      — Não fui porque tinha um compromisso. Não importa se era o aniversário do Lucas ou se era algo do tipo consulta médica. É meu compromisso, nem tudo dá não.
      — Mas dava sim.
      — Sério que vai continuar? Se for, eu juro que vou te deixar aí sozinho.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 179


[Rio de Janeiro, 28 de julho de 2014, 14h41]
      Passei a tarde inteira de domingo olhando a pasta e todas as coisas que tinha lá dentro; coloquei, também, aquela primeira foto com o Micael em um porta-retrato na sala.
      Micael ainda não me mandou nenhuma mensagem nem nada, mas eu também não mandei. Dessa vez, é ele quem corre atrás. Sinceramente, por mais que eu queira falar com ele, por mais que machuque ficar sem notícias, não vou procura-lo. Não vou!
      — Para Sophia. Deixa ele quieto. — Brigo comigo.
      Gravei a novela na parte da manhã, então posso esperar a Lise aqui. Finalmente, ela vai voltar.
      Coloco num canal de filmes e assisto um sobre uma distopia, perfeito por sinal - embora, não largo o celular por nada. Vai que...
...
      O interfone toca e dou um pulo do sofá para atender. O coração já acelera só de ouvir o nome. Ainda não tinha contado sobre a gravidez a ela, com certeza iria gritar.
      — MEU AMOR! — Solto um grito estrondoso e pulo no colo dela.

      — Ai meu Deus. Minha princesa, como você ficou esse tempo? Você se alimentou bem? Se comportou direitinho? Não consegui falar direito contigo lá onde minha filha mora. O sinal é péssimo.
      — Que bom que você está aqui... — Abracei ela com toda a força que tinha. Minha relação com a Lise era totalmente diferente da que tinha com a minha mãe. Ela sempre me tratou como uma filha, mas sobretudo como melhor amiga. — Precisei tanto de um abraço, do seu colo.
      Solto-a e limpo o rosto um pouco úmido.
      — Sophia? — Encarou minha barriga. — SOPHIA! MEU DEUS DO CÉU.  É o que eu estou pensando?
      Fiz que sim com a cabeça, enquanto olho fixamente para o chão.
      — Eu não estou conseguindo assimilar direito. — Senta na poltrona. — É sério que a minha bonequinha está grávida?
      — Sério.
      — Como assim? De quanto tempo você está? E o Micael? Como descobriu?
      — Vamos por partes? — Deito com a cabeça no seu colo. Respiro Fundo. — Pouco tempo depois que saiu, eu comecei a passar mal e coisas do tipo, porém sempre eu tinha uma explicação, nunca que iria imaginar que era um bebê. Aí teve um dia que eu desmaiei e o Micael me levou para o hospital. Lá eu descobri.
      — E como foi para você? Sua cabeça?
      — Você me conhece mesmo. Meu mundo desabou sabe, não era a hora certa, não estava preparada para receber isso. Eu fiquei sem saber o que fazer. Falei tanta coisa, briguei com todo mundo, me transformei num monstro ... — Respiro para tentar falar entre meu choro.
      — Calma Sophia. Não precisa chorar não. Estou contigo agora. — Ela abre aquele sorriso purificador que só ele tem. Que tira toda a culpa, encobre todos os erros.
      — Eu pensei muita besteira, não queria ter essa criança, mas aí ele falou comigo, não o Micael, o bebê, falou comigo enquanto dormia. Ele estava com medo de mim. — Fiquei calada por certos minutos, era impossível falar algo naquela situação que estava. — Eu maltratei ele antes mesmo de nascer, eu dei medo nele. Medo, Lise!
      Ela abaixa e beija minha testa. Permanecemos caladas por mais um tempo ainda. Não queria mais falar sobre isso.
      — Eu não quero mais falar dessa parte, por favor.
      — É claro, meu amor. Não se machuque desse jeito. Não precisa remoer. Vamos pular então.
      — Para a parte boa. — Sorrimos. — Tudo melhorou quando eu fiz minha primeira ultrassonografia, sabe, ouvir aquele coraçãozinho, um ser tão pequeno, tão indefeso. Foi aquilo que me fez ligar a luz. Comecei a pensar que ele só está aqui porque eu tenho sim capacidade de ser uma boa mãe. Fez perceber que por mais que não estivesse nos planos, foi o melhor presente que poderia receber.
      Ela também limpava algumas lágrimas e mesmo assim não paravam de cair.
      — Você é o um dos meus maiores orgulhos. Foi também meu mais louco imprevisto.
      — Aí o Micael me pediu em casamento. — Mostro o anel.
      — Vocês vão me matar desse jeito. Meu coração não aguenta essas coisas não. Tomara do fundo do coração, que tudo na sua vida dê certo, que todos seus planos e sonhos se realizem. Espero também que ele te trate bem e que juntos possam educar esse meu novo netinho aí. — Alisou minha barriga. — Bom, você já sabe que pode contar comigo para tudo, sabe que eu te considero demais.
      — Eu te amo tanto. Estava morrendo de saudade. Mas me fala como está sua filha? E seu neto?
...

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 178



[Rio de Janeiro, 26 de julho de 2014, 16h26]

POV Sophia

      Acabei dormindo na casa do Lucas mesmo, foi até legal. Jogamos um pouco e assistimos filme. Sim, não lembro nem a hora que dormimos; por conta disso, então, ontem foi um dia bem cansativo. Meus pés doeram o dia inteiro, assim como minhas costas e fora a dor de cabeça. 
Hoje, por benção, não iria gravar. Marquei com a Lua e a Mel para experimentarmos os vestidos, já que o casamente do Lua será em Outubro. Eu queria resolver logo o meu vestido de madrinha para poder começar a olhar os de noiva.
      Ficamos por horas naquela loja, Lua já tinha o vestido definido, mas a Mel experimentou vários até achar um. Por falar nela, ainda não contei sobre a gravidez, apesar de achar que ela já percebeu a minha pequena elevação na parte do abdômen.
      Decidimos fazer um outro programa feminino, pegamos alguns filmes na internet, passamos no mercado para comprar aquelas besteiras de doces que todo mundo adora e retornamos para a casa da Lua. Ela disse mais cedo que tinha algo para me entregar, o pior é que não tenho ideia do que seja.
      — Amiga, vem cá. — Chamo a Mel que está na porta da cozinha falando algo com a Lua.
      — Fala, meu amor.
      — Senta aqui do meu lado, porque eu tenho algo para te contar. — Ela faz.
      — O que, Sophia? Não enrola não. Você sabe que eu fico nervosa com essas coisas.
      — Está bem, então. — Esbravejo. — Estou grávida, querida. Já festeja que seu sobrinho ou sua sobrinha que tanto falava está chegando.
      — Para de brincadeira. Isso é verdade? Ô LUA! — Grita. — Vem aqui rápido.
      — É sério sim.
      — Eu não sei o que eu falo. Se eu choro, se eu grito, se eu corro, se eu caio dura aqui nesse chão.
      — Exatamente isso. — Lua chega entrando no meio da conversa. — Tem baby chegando.
      Mel leva as mãos à boca. Um pouco perplexa, penso.
      — Nosso casal, Melanie. Finalmente. — Elas se abraçaram.
      — Até que enfim mesmo que um shipper meu deu certo.
      — Ele me pediu em casamento.
      — Isso só pode ser brincadeira mesmo. É sério, galera? Como isso tudo acontece e eu só tomo conhecimento agora?
      — Calma amiga — Beijo seu rosto. — Para mim também foi tudo muito rápido.
      — Ainda vai levar um tempo para assimilar tudo. — Rio em forma de deboche do jeito que Mel está.
      — Então fica aí no seu transe. Sô, pega a pipoca lá e coloca sal pelo amor de Deus.
      — Não vou por aquele negócio de tempero verde, não.  Faz mal para saúde, engorda.
      — Se eu fosse você, aproveitava a gravidez e comia tudo o que pudesse.
      — E como faz depois para voltar com o corpinho? — Falo enquanto sigo até a cozinha.
...
      — Lembra disso? — Arregalo os olhos quando a Lua me entrega uma antiga pasta rosa que estava com ela. Ela tinha mesmo guardado.
      — Não acredito. — Agarro a pasta toda rosa, com glitter e ainda com meu nome escrito. O tempo passou tão rápido. Parece que foi ontem que ainda colecionava aqueles adesivos de caderno
      Era tão bom aquele tempo, menos responsabilidade, menos problemas, menos discussões. Tudo era tão mais fácil, o mundo era aquele de contos de fadas. E hoje eu já estou aqui, com uma profissão, morando sozinha e ainda mais, com um bebê.
      — Ah não Sô, para de chorar. — Mel limpa algumas lágrimas que caiam sobre minhas bochechas enquanto folheava as páginas.
      Guardei aqui todas as cartas que fiz e que recebi - inclusive do Micael - tem poemas, poesias, músicas e fotos. Mil e um tipos de lembrança de uma época tão boa. Ah se eu pudesse voltar...
      — Passou rápido, não é amiga? — Lua tirou uma foto de nós três de dentro de um dos plásticos. Provavelmente estávamos com quinze anos.
      — Demais. — Sorrio entre algumas lágrimas que ainda insistiam em cair.
      — E olha vocês aqui. — Mel separa uma das fotos dentre o monte que estava em sua mão.
      Pego a foto da mão dela. Foi a primeira que eu tirei junto com o Micael. Nossa Primeira. Essa aqui vou guardar em outro lugar. Separo-a das outras.
      — Nossa Sophia, essa letra está linda.  Cria uma melodia para ela.
— Boa. — Brinco. — Depois eu vejo isso com calma, senão vou chorar até amanhã.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 177



...
— E esse anel aí? — Lucas sentou ao meu lado no sofá.
A maioria dos convidados já tinham ido embora, realmente os que ficaram são só os meus amigos do Projac. Não parei um minuto essa noite de olhar meu celular, ver se tinha alguma mensagem, alguma ligação ou mesmo se ele tinha postado alguma foto nas redes sociais.
Estou decidida a não puxar assunto, muito menos de ir pedir desculpas. Se ele quiser, ele que venha.
— Vou casar, querido. — Bebo um gole da bebida dele.
— Você vai o quê? Sério?
— Até agora sim.
— Ele foi gravar mesmo? Pensei que não viesse por não gostar de mim.
— Não viaja. Ele não tem nada contra você. — Gargalho, por dentro. — E sim, acho que já gravou, ou então grava só amanhã.
— E você preferiu vir aqui? — Convencido, alisou o abdômen.
— Mais ou menos. Já tínhamos um compromisso, não iria desmarcar para ir em algo que ele me convidou bem depois.
— Posso confessar uma coisa?
— Fala. — Olho mais uma vez no visor do celular. 2h57 já? Preciso ir embora, já tinha passado da hora.
— Você é uma das mulheres mais fodas que eu conheço.
— Lindo elogio, continua assim que acha uma namorada fácil fácil — Debocho. — Preciso ir embora, já está muito tarde.
— Lógico que não. Não vou te deixar ir sozinha daqui até seu apartamento.
— Mas é perto, Lucas. Não demoro nem dez minutos.
— Dorme aqui. É perigoso, Sophia. Não teima.
— Não precisa.
— Fica tranquila que não vai estar sozinha comigo. — Bagunça meu cabelo. — Esse povo aí tudo vai dormir também.
Realmente ele está certo, por mais seja rápido, não poderia arriscar andar de carro esse horário, sozinha e no Rio de Janeiro. Posso dormir aqui, mas acordar bem cedo e voltar para a casa.
— E amanhã ninguém trabalha não?
— Só de tarde, depois tem Round 2
— Para vocês, porque eu já estou morrendo aqui. Gravidez deixa qualquer mulher um porre.
— Você até que está mais legalzinha, mais bonitinha também.
— Aí criatura, fica quieto, por favor. — Apoio a mão na coxa dele para levantar, mando um beijo no ar em forma de brincadeira e vou até a Rafaela.

POV Micael

      Cheguei em São Paulo ainda de manhã e logo fui treinar com a minha banda. Amanhã além de participar do programa ainda vou cantar então há toda uma preparação.
      Tento esquecer ela por algumas horas para me focar realmente no que vai acontecer amanhã. Foram tanto tempo buscando, desejando e trabalhando fielmente para isso acontecer.
      Pego meu celular para ver se ela ao menos tinha pensado em mandar alguma mensagem de boa sorte ou algo do tipo. NADA. Não tinha nada, nenhuma ligação, nenhum áudio, nenhuma mensagem, absolutamente nada.
      Entro no perfil dela no Facebook, levo um susto com a enxurrada de fotos que vi. Era tanta marcação e tanta gente. Essa festa deve ter sido boa.
      Subo a sua linha do tempo e vejo no tópico uma foto que o Lucas havia postado há mais ou menos vinte minutos. Ela estava linda demais, aquele corpo, aquele sorriso, aquela boca.  Meu Deus, cara, se controla!
      A legenda era “ E quem foi que disse que a noite terminou? Ainda está só começando!!”. OI? Respiro fundo. Lembro da merda que deu quando ele postou aquela foto com ela.  Finjo que não vi. Get over! Rio sozinho dentro do enorme quarto do hotel.
      — Você poderia estar aqui, criatura. Viu só! — um pouco mais calmo, digo olhando para a foto de perfil dela.
      Ela poderia ser um pouquinho menos mais bonita porque seria mais fácil de ignorar. Assim é humanamente impossível.

      Saio logo do perfil dela, programo o despertador para amanhã e o bloqueio. Pego uma outra calça de moletom dentro da mala. Horrível esse frio. Entro no banheiro e ligo o chuveiro na temperatura mais quente que têm. Amanhã vai ser um dia cheio. Ô se vai!


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 176


[Rio de Janeiro, 24 de julho de 2014, 20h26]
      Queria tanto saber como ele estava lá na gravação do programa, queria tanto saber como está o coração dele. Se está nervoso, se está ansioso. Por que isso tem que ser tão difícil?
      Desperto-me e vou até meu closet, hoje não está uma temperatura muito fria, mas sim amena. O aniversário vai ser na casa dele, então creio que não faça mais calor do que já está.
Pego uma saia de lantejoula dourada no acima do joelho e que deixava uma parte da coxa exposta. Visto uma blusa de linho cujas mangas eram longas e a cor, um degrade de bege na barra para preto
Aproveito que meus pés estavam bem menos inchados e abuso no salto, com minha outra queridinha, ankle boot marrom. Sou apaixonada por esse tipo de bota, dá um ar de graciosidade e elegância.
Vejo rápido se o Micael tinha mandado alguma mensagem, em vão. Quer saber, dessa vez ele que vai correr atrás.
Faço a pele e vou direto para os olhos, não queria nada muito forte, aplico uma sombra clara no canto inferior e esfumaço até chegar no preto.  Passo um batom vermelha, máscara de cílios e um lápis de olho bem preto.
Termino o que tinha que fazer ali, pego minha bolsa de ombro marrom, tiro o celular do carregador, mando uma mensagem para meus amigos avisando que já estava chegando.
— Hoje você está aparecendo bem, viu? Desce jeito a mamãe não vai entrar mais nas roupas dela. — Falo em brincadeira enquanto mexo na minha barriga.
...
— Oi oi, meus amores.
— Até que enfim, chegou! — Lucas vem em minha direção, me abraça tão forte que sinto os pés no ar.
— Nem demorei tanto assim. Queria que eu fosse a primeira a chegar na sua festa?
— Claro. Convidada especial tem que ser a primeira. — Gargalho junto dele.
— Ok então, dá próxima chego cinco horas antes.
— Isso mesmo. — Bato em seu ombro. — Aqui seu presente — Entrego a ele a sacola com os presentes que comprei hoje mais cedo.
Abraço-o
— Desejo a você toda, toda, toda a felicidade do mundo. Muitas realizações, muitas conquistas, muita saúde, muitas gatas— sorrio— E que nossa amizade cresça cada vez mais. Você sabe que poder contar comigo para o que der e vier. — Falo entre abraços.
— Obrigada, linda. Obrigada por tudo. Agora vem que eles já estão lá dentro, começaram a beber cedo.
— Então hoje a festa vai ser boa?
— Ótima, já está sendo. — Pisca para mim, retribuo.
— Agora sim eu vi vantagem.
— Nem pense, porque você está com o meu bebê aí dentro.
— Pode deixar, Lucas. Sei cuidar dele ou dela.
— Da Stella.
— Quem?
— Ela, o nome é Stella.
— Pronto. — Gargalhamos mais uma vez, juntos — Já bebeu muito, só pode.
— Fica quieta, gata. Vamos entrar logo.
      Entro na casa do Lucas e seguimos até a varanda e a área externa onde todos estavam. A decoração está incrível, cores em neon para todo o canto.
      Cumprimento todos que estão ali e sento em um lugar vago. Olho para a Rafa e me assusto por ela já estar alterada.
      — Olha quem chegou. Agora sim o Lucas ficou feliz. — Mari beija meu rosto e me abraça junto do Lucas ao mesmo tempo.
      — Sô cadê seu namorado? — Ela pergunta.
      — Em São Paulo, gravando um programa de TV.
      — Nossa, que chique! — Todos da mesa riram do comentário dela. — Queria conhecer ele pessoalmente, porque por foto é um pecado, desculpa.
      — Está muito alegrinha não acha, Mariana? — Brinco com ela também.
      É tão bom ter esse relacionamento com eles, foi tudo tão rápido, tão intenso. Todos são pessoas legais, vou sentir falta quando a novela acabar.

      Continuamos a conversa ainda à mesa e logo vamos para a pista. Pega uma bebida no bar, nada muito forte. 

Desculpem o tamanho, amores. Assim, vocês já até sabem o motivo. Quando melhorar aumento ;)
Comentem...

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 175



Acordo mais cedo que ela para ajudar o Renato na escolha da tal viagem que queria fazer. Levanto e dou um beijo em sua cabeça e entro no banheiro. Agora tudo estava mais tranquilo.
Faço todas minhas higienes, visto uma calça de moletom cinza e um casaco preto, está realmente frio.
Saio do quarto dela e como sempre, fico alguns minutos fitando aquela foto dela ainda criança.  Será que nosso bebê vai ser tão lindo assim?  Sigo até a cozinha, Renato mexia no computador encostado no balcão.
— Bom Dia! — Comprimento aos dois e sento ao lado dele.

 POV Sophia

      Fico na cama até mais tarde, impressionante como meus pés doíam, na verdade, hoje tudo está doendo.
      Apesar disso, estou radiante, com um sorriso fixo no rosto, por tudo o que aconteceu hoje. Feliz por meus pais aceitarem tudo isso, feliz por estar junto das pessoas de quem eu amo e por incrível que pareça, sem nenhuma desavença.
      Combinei passar uma tarde com minhas antigas amigas aqui de São Paulo, éramos bastante unidas, mas acabou que cada uma foi tomando um rumo diferente. Vou andando até o banheiro com passos pequenos e lentos, ligo o chuveiro na temperatura mais quente que tinha.
      Não demoro muito no banho para não atrasar o encontro com as meninas. Enrolo-me no roupão e abro minha mala, coloco minha meia calça fina preta; uma saia de couro também preta dois palmos e meio acima do joelho e uma blusa cinza com detalhes em vermelho de uma lã mais fina.
      Procuro minha queridinha no meu armário e lá estava ela, num canto quase nada gasta. Minha bota over the knee preta. Ainda bem que minha mãe não mexeu nela, foi difícil encontra-la, tanto que comprei pela internet e de um site internacional ainda. Torço para entrar nos meus pés um pouco inchados.
      Ela tem um salto bem fino, o que me causava certa preocupação por já estar cansada.
      Faço o meu tratamento de pele e aplico uma leve maquiagem. Tiro meu celular do carregador.
      — Três e meia?! — Assusto. — Como assim? — Pego meu sobretudo preto de dentro da mala, minha bolsa e desço correndo.
      — Boa Tarde, não é, filha? — Minha mãe me olha dos pés à cabeça. — Já vai sair?
      — Marquei um encontro com as meninas.
      — Ai amor, manda um beijão pra elas. Fala que podem vir aqui em casa quando quiserem.
      — Ok. — Beijo-a no rosto — Cadê o Micael?
      — Serve eu? — Levo um abraço por trás.
      — Serve. — Gargalho enquanto ele distribuía alguns beijos em meu rosto.
      — Aonde vai assim, toda arrumada?
— Sair com minhas antigas amigas.
— Ah sim. Vai demorar?
— Não sei, mas não pretendo porque amanhã voltamos cedo para o Rio.
— Vão que horas? — Minha mãe fecha o livro que lia e cruza as pernas.
— Nosso voo é 11h30.
— Nossa gente, poderiam marcar para depois do almoço.
— Mãe, segunda começa tudo outra vez, o melhor é voltar no domingo cedo mesmo.
Beijo os dois, pego a chave do carro da minha mãe e vou para a garagem.

[Rio de Janeiro, 23 de julho de 2014, 18h31]

— Você não vai comigo mesmo? — Micael fica sobre mim enquanto segura meu pescoço
— Não, já falei que tenho aniversário para ir.
— Eu realmente não entendo você. Prefere ficar aqui e ir no aniversário desse seu amigo a ir comigo para gravação.
— Não é assim, amor. Ele me chamou primeiro, já tinha combinado.
— Mas eu sou eu, cara. — Micael senta ao meu lado.
E o Lucas é o Lucas. Qual o problema?
— Problema que é comigo que você tem um relacionamento e não com ele.
— Ah pelo amor de Deus. Ciúmes agora?
— Lógico, você acha normal isso o que quer fazer?
— Se você tivesse falado antes com certeza iria, mas ele me chamou primeiro.
— Amor, o que quero que entenda é que se fosse ao contrário, eu iria te acompanhar.
— Lá vem você com essas comparações. Eu não sou assim.

— Você apenas não valoriza quem está do seu lado.
— QUE? — Ergo minha postura.
— É isso mesmo que ouviu. Você não faria por mim nem 1% do que eu faço por ti.
— Nossa, obrigada — Bato palmas — Obrigada mesmo. — Começo a falar num tom um certo alto. Não aguento ele querer me cobrar tanto. Isso é insuportável.
      — Agora vai começar o seu showzinho de sempre? Quem tinha que ficar nervoso aqui sou eu.
      — Você está procurando uma briga séria comigo, não é? — Ponho as mãos na cintura e o encaro
      — Claro que não. Queria mil vezes te beijar agora a ter que ficar brigando e brigando.
      — Não parece. Você pega uma coisinha pequena e a transforma em algo absurdo. 
      — Não me chamo Sophia não. Foram raras as vezes que eu briguei contigo. Você é quem leva tudo para a briga, você quem dá motivo, com essa ignorância para iniciar tudo isso
      — Que motivo? Você que não sabe compreender.
      — Eu não estou chateado por você ir na festa do seu amigo, estou chateado por preferir ir lá a ir em um evento importante para mim. Eu não vou insistir mais não. Cada um com sua personalidade, certo?
      — Certíssimo.
— Você só tem que entender que as pessoas que mais te amam e que te apoiam é que precisam de retorno. Deveriam ter prioridade sempre.
— Eu concordo com você.
— Não parece, se fosse assim não colocaria planos de amigos na frente dos meus.
      — Você está muito errado. Por que deveria desfazer meus planos com meus amigos para fazer o que você quer?
      — Caramba, eu NÃO estou falando em fazer o que eu quero. Estou falando em PARCERIA, parceria de vida, cara. Porra! Pensei que por nos conhecermos a tanto tempo você iria gostar e iria querer fazer parte dos meus sonhos. 
      — Você sabe MUITO  — dou ênfase — bem que eu te apoio e dou a maior força em todos os seus planos. Não venha por isso na história agora.
      — Se diz isso, então demonstra.
      — Meu Deus,Micael, Hello! — Estalo os dedos na frente 
dele — Eu SEMPRE te apoiei, em tudo o que quis fazer, em tudo o que sonhou, muito mesmo antes de sermos namorados. Agora você tem a cara de pau de falar que é para mim demostrar? Faça-me um favor — Volto o olhar para a televisão, porém ainda sinto que ele estava com os olhos fixos em mim. Até tento resistir em não falar mais nada para não aumentar a briga, mas eu falo assim mesmo. — Você está usando o fato de eu não poder ir contigo amanhã como se fosse o meu maior erro. Sinceramente, isso está me cansando
      — Esse não foi seu maior erro, teve outros piores.
      — O que quer dizer com isso? — Desligo a televisão e aumento ainda mais o tom de voz, nem me preocupo com os vizinhos agora. Falta pouco para me tirar do sério.
         
         Respiro

      — Já falei o que tinha pra dizer. Você se preocupa com quem mais te favorece, com quem mais...
      — Ok. O LUCAS ME FAVORECE EM QUÊ, ENTÃO? — Interrompo sua frase.
      — Isso você que tem que dizer. Parece que ele merece mais sua atenção não é?
      — Lógico que não. Se fosse assim, eu estaria com ele agora e não com você. Eu namoraria ele e não você. 
      — Mas amanhã você vai ficar com ele e não comigo, e aí? Qual a desculpinha agora?
      — Desculpa nenhuma. Pra falar a verdade não sei o motivo dessa briga ridícula.
      — Motivo nenhum, eu que sou maluco mesmo por querer que você demonstre mais esse amor que diz que sente.
      — ESTÁ DUVIDANDO DO QUE EU SINTO?  É ISSO MESMO?
      — ...
      — RESPONDE. POR QUE SE FOR, NÃO ENTENDO O MOTIVO DESSE ANEL AQUI.
      — CHEGA! Não vou falar mais nada. — Ele levanta, calça o tênis e desce.
      — Vai embora assim?— Grito mais alto ainda, já com as mãos suando.
      — Vou.
      — NÃO. — Paro na frente dele, bloqueando o caminho. 
      Tenho uma vertigem, porém seguro o corpo para não aparentar nada.
      — Com licença, tenho que arrumar minha bolsa.
      — Vai sair com a gente assim?
      Ele dá a volta por mim, pega a chave do carro e a carteira em cima da mesa de jantar. Sigo-o apenas com o olhar para ver se realmente iria sair desse jeito.
      — É difícil entender que eu não estou indo contigo porque já tenho um compromisso?
      — Não está indo porque não quer mesmo. Você nem grava amanhã para querer colocar isso como outra desculpa.
      — Eu não falei nada sobre isso. Entende logo, meu. Eu já tenho um compromisso para amanhã, porque deveria desmarcá-lo para ir contigo só para não ficar nervoso?
      — Já estou vendo que não entendeu o motivo de nada que falei. 
      — Não entendi mesmo.
      Encosto as costas na parede e apenas o observo saindo dali. Estou tão cansada dessas briguinhas, é tão difícil ter um minuto de paz com ele. 


Amores, tudo bem com você?
Então, tirei o gesso quinta- feira, mas o pulso ainda doí e só com a fisioterapia mesmo para voltar ao normal. Sendo assim, meus movimentos ainda estão restritos, um deles é o de digitar. Como estou digitando devagar, preciso que tenham calma quanto a atualização de capítulos. E outra coisa, agora  é final do ano e tem fechamento de notas, vestibular, provas e recuperação, ou seja, o ritmo vai diminuir assim como os capítulos. 
Tive que diminuir ainda mais a fanfic, porque preciso acabar de postar até Dezembro, porque em Janeiro tenho um vestibular importante e como é reta final preciso de mais dedicação. Vamos com fé e calma para ver no que vai dar. 
Obrigada por todas as mensagens de melhoras. 
Comentem e por hoje chega de notas finais kkk
Copyright © 2015 Without you I don't live
| Distributed By Gooyaabi Templates